25/05/2009

Uma só raça!

Racismo é uma palavra,
Que todos conhecemos,
Mas o seu aparecimento,
Provavelmente desconhecemos.

Esta palavra terá surgido,
Por culpa do pensamento,
Que deu importância,
Ao nosso visionamento.

Visionamento esse,
Que nos influenciou,
Para criarmos um mito,
Que muita violência gerou.

E se fossemos cegos?
Como é que seria,
Será que as diferenças,
Também nos incomodaria?

Claro que não!
Não há raça superior,
Não há raça inferior,
Apenas diferença de cor.

Cor? E só de pele,
A nível de existência,
Todos nós lutamos,
Pela nossa sobrevivência.

Pela espécie humana,
A biologia se interessou,
Presença de uma só raça,
Foi à conclusão que chegou.

Enquanto não aceitarmos,
A existência desta única raça,
A discriminação e o preconceito,
Continuarão a provocar desgraça.


Carla Carlos

Independentemente da cor, religião, cultura, ou qualquer outra situação em que nos possam considerar diferentes todos merecemos respeito e direito à vida. Por isso vamos dizer: NÃO! AO PRECONCEITO, NÃO! AO RACISMO, NÃO! À DISCRIMINAÇÃO.

14/05/2009

Reflexão "Racismo"

O racismo, discriminação de povos ou pessoas com base no preconceito da sua inferioridade, tem sido, ao longo dos séculos, parte integrante das mais diversas ideologias e formas de organização social. O racismo tem sido justificado de muitas maneiras: na maior parte das vezes, pela ideia de que certos povos são intelectualmente inferiores ou bárbaros porque apresentam costumes diferentes, seguem outras religiões, etc. A atitude perante o "outro" depende em larga medida de uma sobreposição, por vezes contraditória, de identidades, influências e lealdades. De forma a podermos combater os impulsos conflituosos que derivam de todo este contexto, é preciso, nacionalmente e internacionalmente, promover um relacionamento institucional, económico, político, social e inter-pessoal coerente. Esta coerência passa pelo reforço da interculturalidade. E esta assenta no conhecimento do "outro", daí a sua importância fundamental no combate ao racismo e à xenofobia, que assentam em preconceitos resultantes do desconhecimento ou conhecimento deturpado. A interculturalidade é uma batalha a ganhar gradualmente e vários são os campos onde podem ser levadas a cabo acções decisivas. O racismo e a xenofobia dependem única e exclusivamente da mente de cada um. Começou porque o permitimos, continua porque assim o queremos e acabará quando todos nos mentalizarmos que este tipo de preconceito só degrada a relação com “o outro”. Acho que só poderemos alterar esta situação, actuando na formação cívica e na acção social. Levantando estes problemas que toda a sociedade sabe que existe mas ninguém faz nada. A Educação é, sem dúvida, uma das áreas onde numerosas vitórias podem ser conseguidas. Não é, na verdade, uma tarefa fácil mas é certamente uma das vias a seguir dada a sua influência estrutural, deveremos começar a mudar de atitude, e logo na educação dos nossos filhos. As crianças não odeiam de forma instintiva pessoas diferentes delas próprias, não é um sentimento que nasce com elas. As crianças podem odiar de forma instintiva quando são educadas dessa forma, ou devido à sociedade onde se inserem. Eles serão os homens e mulheres do Amanhã.

27/03/2009

Dia Internacional do Teatro


A Poesia no Teatro


Bocas, buchichos, bilhetes,
o beijo, o banzo, o batuque,
bispos, beatos, blasfêmias,
as conversas cavernosas,
cavando caos e castigo,
cartas cárceres carrascos,
cruzes, quilombos, capoeira,
denúncias, depoimentos,
devassas e desventuras,
a danação do degredo.

E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.

Filetes deferimentos,
ferros, feitores, fidalgos,
(afã de fazer feitiço!)
garras, garrotes, gadanhos,
galhofas e galicismos,
o gosto das gargalhadas,
o gozo, o guizo, a gandaia,
a justiça justaposta,
gerando jeito, jeitinho
e gente jeremiando.

E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.

Lágrimas lavam as leis
e as legiões de lacaios,
os livros em labaredas,
a luz, o lume, a legenda,
iluminismos letais...
masmorras, mortes, miséria,
meirinhos, maçons, muzenza,
o Nordeste, a novembrada,
novidades e novenas,
Napoleão e novelas.

E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.

Os póstumos patriotas,
padres, peões, parasitas,
os poderes paralelos,
réus, rebeldes renitentes,
raças, revoltas, revides,
o real e a realeza,
os sambas e as assembléias,
selos, sigilos, segredos,
a sedição e seus sonhos,
o sangue e o suor descendo.

E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.

Traidores e titulares,
o trono, a taxa, o tributo,
o tronco, a tortura, a tropa,
velas, vasos e vitrais,
os vassalos e os valentes,
(a vida à vazar das veias)
o xodó e o xingamento,
zona, zunzum, zombaria,
o zumbir da zurzidela,
zoeiras, zangas e zelos.

E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.


Cleise Mendes

16/03/2009

Respeitem os Professores...

Há algum tempo atrás,
Eles eram uns senhores,
Hoje em dia o que se faz?
Rebaixa-se os professores.

Afinal o que se passa?
Neste país de arrogantes,
Se não fossem à escola,
Seriam um bando de ignorantes.

Existem diversas profissões,
Médicos, advogados, deputados,
E muitas outras mais, porém
Os professores é que são enxovalhados.

Profissões essas que,
Certamente, se extinguiam,
Se não fosse os professores,
Quem os ensinariam?

Então! Senhores governantes!
Não acham que já chega?
Acabem com esta farsa de,
Uma ministra que até dá pena.

Aos encarregados de educação,
É preciso relembrar,
Eduquem os vossos filhos,
Para os professores não maltratar!

É hora de dizer: basta!
Vamos demonstrar gratidão,
Perante estes seres, que
Contribuem para a educação.

Carla Carlos

Dedicado a todos os professores de forma a demonstrar a minha solidariedade e respeito pela vossa profissão.

A Igreja opinou...

"Homossexualidade não é normal",
A igreja fez questão de o frisar,
Com este tipo de afirmação,
A homofobia vai aumentar.

E não satisfeitos com isso,
Também quiseram alertar,
Que os homossexuais,não
Possuem capacidade de adoptar.

É preciso pai e mãe,
Para a criança estabilizar,
Será?Então! E até hoje?
Quem as tem vindo a maltratar?

Espero que consigam,
As crianças adoptar,
Pois, estou convicta,
Que boa educação lhes vão dar.

Educação mais justa,
Sem qualquer preconceito,
Para a geração futura,
Olhar o "outro" com mais respeito.

A religião deveria existir,
Para a todos aconchegar,
E não servirem-se dela,
Como forma de discriminar.

Aos olhos de Deus,
Todos os seres são iguais,
Quem eles pensam que são?
Para os rotular como "anormais"!

Então! Minha gente!
Porquê? Continuar a ignorar,
Vamos acabar com esta injúria,
E no Mundo a vida melhorar.


Carla Carlos


Dedicado a todos aqueles que de alguma forma se sentem vítimas de discriminação, devido à sua orientação sexual.


Reflexão "Direitos Fundamentais"

Apesar de os países desenvolvidos respeitarem num grau mais elevado os direitos humanos do que os países em vias de desenvolvimento, infelizmente estes continuam muito aquém de serem respeitados na sua íntegra.

Em relação ao dilema se o respeito pelos direitos humanos deve vir primeiro ou depois do país se ter desenvolvido, na minha opinião, é muito mais difícil serem respeitados quando o país ainda está em vias de desenvolvimento, porque para existir o respeito pelos direitos humanos é preciso que haja acesso a recursos necessários para atingir um nível de vida com um certo grau de satisfação das necessidades das populações, uma vida saudável, com instrução, etc. E nestes países verifica-se que, as condições de acesso ao ensino são precárias, devido à falta de infra-estruturas, de professores e sobretudo devido à falta de investimento dos governos na educação como forma de estimular o desenvolvimento, as condições financeiras das famílias obrigam um elevado número de jovens e até mesmo crianças a ingressarem no mercado de trabalho, abandonando precocemente a escola, que origina um elevado número de analfabetismo. Nestes países o trabalho infantil é um problema social grave, os direitos das crianças são permanentemente desrespeitados. A habitação também é preocupante pela falta de condições, relativamente à falta de infra-estruturas básicas como saneamento, água potável e electricidade.

Em termos de saúde verifica-se também que o acesso é muito restrito e precário além de não existirem cuidados de saúde primários, o diagnóstico e a despistagem de doenças são inexistentes.

Perante estes factores e outros mais é quase impossível um país em vias de desenvolvimento respeitar minimamente os direitos humanos.